30
Set
08

Privatizar a banca, pensar nas populações

Não estou surpreendido com a crise financeira que alastra pelos países ocidentais ou ocidentalizados ou melhor pelos países capitalistas. A especulação grassava. As despesas abundavam. A ostentação era indisfarçavel. Claro que o dinheiro tinha que vir de algum lado. Ora se os países e povos abastecedores da riqueza ocidental iniciaram tambem, e muito bem, a gestão das suas riquezas ou pelo menos a não deixarem que elas fossem objecto da sofreguidão neo-liberalista em voga, cabe dizer ou perguntar como e donde advinha tanta fartura? E como é possível que a classe politíca governante, e seus consultores e assessores, não tivesse previsto o “tsunami” financeiro que invade as instituições financeiras privadas por esse mundo. Não, não é só nos EUA, é tambem na UE e no Japão, que se saiba.

O sistema financeiro vigente foi, é, o primeiro a atingir a globalização, tão falada e ambicionada pelos seus mentores. Bem podem limpar mãos à parede pelo serviço prestado.

Vão ser muitos os milhões de vitimas dos neo-liberais, muito dinheiro dos Estados, pela mão dos governantes, já foi, e irá mais, parar às mãos dos mesmos que levaram à falência o sistema. Isto é, aos bancos e banqueiros gananciosos e vigaristas.

Os politícos (governos e outros decisores) continuam a sua acção branqueadora não dizendo nomes e omitindo conhecimento de factos para que a culpa morra solteira, enquanto nada fazem para ressarcir aqueles que por confiarem em promessas investiram em produtos carecas. Tambem quem trabalha viu os seus baixos salários congelados ou com aumentos abaixo da inflacção. Um sacríficio a ser recompensado (dizem) mas sempre adiado. No entanto, gastam-se do Estado, grandes somas para auxiliar quem já mostrou que a honestidade não existe na alta finança. O Estado afinal, é o motor da grande finança, o mercado deu o pifo ficou sem capa. Nada contra as nacionalizações desde que não sejam geridas de acordo com interesses e objectivos de posteriores privatizações. Ou melhor, que os Estados que nacionalizaram nao sirvam apenas para sanear, injectando verbas na banca e depois a coloquem de novo nas mãos dos herdeiros dos vigaristas, por tuta e meia. Olhem que é possível injectar dinheiro para fazer baixar a inflacção e as taxas de juro, criar empregos,  em benefício das populações em geral.


1 Resposta to “Privatizar a banca, pensar nas populações”


  1. 1 contravapor
    Outubro 13, 2008 às 1:57 pm

    As notícias apontam para mais do mesmo.


Comments are currently closed.

actualidades

Setembro 2008
S T Q Q S S D
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
2930  

Blog Stats

  • 94 hits